O Grupo de Puebla exorta os membros do Conselho Nacional Eleitoral do Equador (CNE) a cumprir a lei eleitoral do país, permitindo o registro da chapa Arauz-Rabascall, que hoje representa a primeira força de oposição no Equador, para que possa competir, livre e democraticamente nas eleições presidenciais que ocorrerão em fevereiro de 2021.
Qualquer proscrição do progressismo democrático nas próximas eleições representaria uma ruptura da continuidade democrática alcançada pelo Equador nos últimos anos, coincidindo com esforços semelhantes em outros países da região.
Os senhores juízes não podem deixar de considerar as graves consequências que tal ruptura provocaria na recuperação econômica, na reconstrução do tecido social e na estabilidade política do Equador, depois da pandemia que ainda vivemos e sofremos.
As diferenças de opinião entre os equatorianos devem ser resolvidas pela via pacífica, democrática e com transparência. Qualquer alternativa que fuja desse caminho faria com que o relógio da história equatoriana retrocedesse ao tempo, já superado, do autoritarismo e das ditaduras.
Assim, o Grupo de Puebla apela à responsabilidade histórica do Conselho Nacional Eleitoral a que reitere sua solicitação para que a chapa Arauz-Rabascall seja devidamente registrada para que possa concorrer às eleições presidenciais de 2021.
Signatários:
1. Luis Inácio “Lula” da Silva
2. Dilma Rousseff
3. Ernesto Samper
4. Jorge Taiana
5. Carol Proner
6. Guillaume Long
7. Aloizio Mercadante
8. Ana Isabel Prera
9. Cuauhtémoc Cárdenas
10. Marco Enríquez-Ominami
11. Clara López
12. Daniel Martínez
13. Mónica Xavier
14. Hugo Martínez
15. Esperanza Martinez
16. Celso Amorim
17. Fernando Lugo
18. Carlos Ominami
19. Iván Cepeda
20. Carlos Sotelo
21. Beatriz Paredes
22. Fernando Haddad
23. Alejandro Navarro
24. Betty Yañiquez
25. Adriana Salvatierra