No âmbito dos “Diálogos de Mudança com o Grupo Puebla”, os três líderes políticos se reuniram hoje de maneira virtual e falaram da renda básica como um instrumento para reconstruir o tecido social da América Latina, que foi foi duramente atingido pelas medidas para mitigar a disseminação do coronavírus na região.
O ex-presidente colombiano Ernesto Samper Pizano disse que “uma das soluções para a crise pode ser o estabelecimento de uma renda básica por meio da qual se ofereça uma ajuda imediata, mas permanente, em dinheiro, às pessoas mais afetadas pela crise. Seria uma ajuda para garantir a sobrevivência de seus beneficiários que deveria funcionar, uma vez terminado o vírus, como um novo piso de programas sociais direcionados que continuariam a operar em cada país com suas respectivas modalidades. ”
A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, por sua vez, lembrou os programas de superação da pobreza que ocorreram durante seu governo e o do ex-presidente Lula, também membro do Grupo Puebla, com o qual 23 milhões de brasileiros superaram a pobreza. Ela também falou da estreita relação entre renda básica e acesso à educação em saúde e serviços sociais, enfatizando a importância do acesso ao trabalho formal, com todos os benefícios que isso implica.
O deputado mexicano Mario Delgado, que expressou sua alegria por participar da reunião, acrescentou que o governo progressista de seu país alocou recursos para atender às necessidades dos mais vulneráveis, que são entregues de maneira concentrada e atendendo à necessidade de cada pessoa.
Esta é a terceira edição dos “Diálogos de Mudança do Grupo Puebla”, espaços que buscam gerar soluções ousadas e progressivas para as crises que os países latino-americanos estão passando.